18 de julho de 2015

depois que a gente se despediu - ainda no aeroporto, história em suspenso - eu entrei na primeira loja que achei e comprei um perfume novo. era o jeito que o juízo encontrava pra decretar ao coração: acaba aqui. anos se passaram, mudanças a perder de vista, eu hoje encontrei o vidrinho verde do perfume antigo camuflado - talvez de propósito - dentro da gaveta de remédios. espalhei um pouco por cima das velhas lembranças só pra ver se elas ainda ardiam, mas o cheiro já não era mais o mesmo. há coisas que o tempo apaga.

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