3 de maio de 2018

ando estudando o amor. estudando, mesmo. com canetas coloridas, livros de literatura, filosofia, teologia, fuçando o que têm a dizer a biologia, sociologia, poesia. ando tentando entender. tentando achar o que existe de comunhão, relação, identidade quando a gente diz: amo. que é mesmo que se pretende comunicar em tão poucas palavras? e o que exatamente o outro lê em meio a isso? que espécie de denominador comum pode existir em coisas tão distintas que professamos a pais, mães, filhos, irmãos, amigos, amantes e deuses, de forma a caberem (?), todas, numa mesma palavrinha loucamente elástica? o que existe de essência nessa coisa em nome da qual se é capaz de gerar, matar, erguer templos, projetar vidas, atear fogo a cidades? como é que, abrigando tanto, a palavra amor não se esvazia? ando estudando bastante o amor. ando aprendendo um tanto de mim. dele, confesso: ainda não construí certeza. talvez nem deva. 

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